terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

04/02: Salvador

8º DIA DE VIAGEM (RESTANDO 20 DIAS)

Altar da Igreja de São Francisco com acabamento em talha dourada e azulejo figurativo.

AMBIENTE

Sagui-de-Tufo-Branco, pequeno animal originário do Nordeste, considerada a espécie de primata de maior convívio com o ser humano no país. Adapta-se facilmente à vida em cativeiro ou à criação como animal doméstico, além de sobreviver bem em áreas urbanas de soltura, tais como parques e áreas verdes em geral. Mais informações aqui, aqui e aqui.
Sagui-de-tufo-branco na entrada do Restaurante Manjericão em Rio Vermelho.

HISTÓRIA

Igreja e Convento de São Francisco (1723), sediados no Largo do Cruzeiro (1587), junto ao Centro Histórico, compõem a mais rica expressão do barroco brasileiro, integrando o rol das 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo (2009). Destacam-se os entalhes revestidos em ouro dentro da igreja e os painéis em azulejo com gravuras moralistas no pátio do convento (1752). Contém exposição de moedas, cédulas e selos emitidos dentro e fora do país, incluindo a série postal Olho de Boi, primeira a circular nas Américas e segunda na história mundial (1843). Visitação pública a R$ 5,00. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Igreja de São Francisco no Centro Histórico de Salvador.
Igreja do Santíssimo Sacramento do Passo (1740), na Rua do Passo, no Centro Histórico, atualmente fechada (desde 1998), em precário estado de conservação. Famosa pela escadaria (século XIX) que lhe dá acesso frontal desde a Ladeira do Carmo, palco de cenas antológicas do filme "O Pagador de Promessas", vencedor do prêmio máximo no prestigiado Festival de Cannes na França (1962). Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Igreja do Santíssimo Sacramento do Passo.
Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo (1803), no alto da Ladeira do Carmo, junto ao Centro Histórico, com fachada em estilo rococó (1860) e interior neoclássico, integra o conjunto formado pela Igreja e pelo Convento de Nossa Senhora do Carmo que lhe é contíguo. Abriga a impressionante imagem do Senhor Morto (1730), feita em cedro e cravejada com 2 mil pequenos rubis que imitam gotas de sangue, atribuída ao escultor Francisco das Chagas, o Cabra, considerado o Aleijadinho baiano. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo.
Associação Protetora dos Desvalidos (1832), sediada no Largo do Cruzeiro (desde 1883), junto ao Centro Histórico, representa a 1ª sociedade civil composta por negros no Brasil em favor de cativos, ex-cativos e familiares. Criada para levantar recursos necessários à compra da alforria, à concessão de crédito e ao amparo previdenciário, dedica-se hoje a promover cursos profissionais, eventos culturais e atividades recreativas sob os ideais do empoderamento, do protagonismo e da afirmação. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Sede da Associação Protetora dos Desvalidos no Centro Histórico de Salvador.

CULTURA

Terça da Bênção, evento popular ambientado no Centro Histórico (desde 1950), com início toda 3ª-feira às 18:00 nas concorridas missas das igrejas de São Francisco e de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos que celebram a partilha do pão abençoado. Segue-se a bênção profana com uma intensa programação artística e musical nos espaços públicos locais, tendo por destaque o ensaio da Banda Olodum no Pelourinho e a apresentação do compositor Gerônimo na Escadaria do Passo, entre inúmeras outras opções. Mais informações aqui, aqui, aqui e aqui.
Ensaio aberto da Banda Olodum durante a Terça da Bênção no Pelourinho.
Missa de Santo Antônio de Categeró (Missa Afro), celebrada sempre na 3ª-feira (18:00) e no domingo (10:00) pela Irmandade dos Homens Pretos na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho. Também chamada de missa inculturada, resulta da inserção de elementos do candomblé sobre a liturgia católica, através do uso de instrumentos típicos (timbais, agogôs, atabaques) para embalar danças e cânticos que evocam a situação do negro. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Interior lotado da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos durante a Missa Afro.
Fundação Casa de Jorge Amado (1987), instalada em antigo casarão (século XIX) no Largo do Pelourinho (atual Praça José de Alencar), responde pela gestão do legado deixado pelo escritor baiano de maior renome internacional, dedicando-se também à promoção de debates sobre a cultura local em luta contra as discriminações raciais e socioeconômicas. Conta com exposição permanente de acervo, além de espaços como o Café-Teatro Zélia Gattai, o Mirante das Letras para eventos, o Projeto Editorial Casa de Palavras para publicações e a Loja para vendas. Aberta de 2ª-feira a sábado (R$ 3,00). Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Nena diante da fachada azul da Fundação Casa de Jorge Amado no Largo do Pelourinho.
Núcleo de Acervo Artesanal do Instituto Mauá (1993), instalado em antigo casarão (século XIX) no Pelourinho, dedica-se a preservar a memória do artesanato de cada região da Bahia através da promoção de exposições permanentes, da composição de arquivos referenciais e do incentivo a pesquisas e publicações. Integrante do Instituto de Artesanato Visconde de Mauá (1939), conta com sala de exposições, auditório, biblioteca e galeria. Aberto à visitação gratuita de 2ª a 6ª-feira. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Artesanato da região do Rio São Francisco em exposição no Núcleo de Acervo Artesanal do Instituto Mauá.
Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica (1994), instalado em velho casarão (século XVIII) no Pelourinho, dedica-se à preservação do acervo reunido pelo ceramista alemão radicado em Salvador (já falecido), desde antigas peças europeias (século XVI) até criações mais atuais de artistas baianos. Além da exposição permanente de suas próprias obras (1º andar), também abre espaço para mostras temporárias de ceramistas contemporâneos (piso térreo). Aberto à visitação gratuita de 3ª-feira a domingo sempre à tarde. Mais informações aqui, aqui, aqui e aqui.
Acervo permanente do Museu Udo Knoff.
Museu Tempostal (1997), instalado no antigo sobrado do Conde Pereira Marinho (século XIX), no Pelourinho, conta com cerca de 45 mil peças entre postais, estampas e fotografias do final do século XIX a meados do século XX. Destaque para as mostras permanentes que retratam a Bahia entre Litoral e Sertão, a Arquitetura Religiosa na Bahia e Pelos Caminhos de Salvador. Acesso diário gratuito. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Nena percorrendo a exposição de fotos antigas de Salvador no Museu Tempostal.
Centro Cultural Solar Ferrão (2008), instalado no casarão que lhe dá nome junto ao Pelourinho, assume-se como espaço de arte, cultura e memória, abrigando a Galeria Solar Ferrão para exposições de arte contemporânea, o Museu Abelardo Rodrigues com acervo de arte sacra, a Coleção de Arte Popular de procedência nordestina, a Coleção de Arte Africana de Claudio Masella e a Coleção de Plásticas Sonoras de Walter Smetak sobre instrumentos musicais artísticos. Aberto de 3ª-feira a domingo com entrada gratuita. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Nena conferindo o acervo da Coleção de Arte Africana no Centro Cultural Solar Ferrão.
Gerônimo, o Pagador de Promessas (2002), espetáculo musical conduzido pelo popular compositor baiano com a Banda Mont'Serrat na Escadaria do Passo da Igreja do Santíssimo Sacramento, junto à Ladeira do Carmo, no Centro Histórico, sobre o antológico cenário das gravações do premiado filme que dá nome ao evento. Apresentações toda 3ª-feira à noite com entrada franca. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Apresentação de Gerônimo e Banda Mont'Serrat na Escadaria do Passo.
Banda African Bahia (2008), liderada pela vocalista Roberta Leal, busca investir na fusão de ritmos brasileiros, latinos e africanos sobre uma base percussiva característica do estilo Axé Music, além de marcar presença na cena artística de Salvador, a exemplo da programação promovida pelo Centro de Culturas Populares e Identitárias da Secretaria de Cultura da Bahia nos palcos públicos do Pelourinho. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Banda African Bahia em apresentação no Pelourinho junto ao Largo Quincas Berro D'Água.

CULINÁRIA

Restaurante Manjericão, com acesso por beco iniciado na Rua Fonte do Boi, no Rio Vermelho, dedica-se a servir comida vegetariana em horário de almoço mediante serviço de buffet a quilo. A área é toda arborizada, favorecendo a visita de saguis-de-tufo-branco que parecem pouco se importar com o fluxo de clientes. Inclui lojinha para a venda de alimentos orgânicos e produtos artesanais. Mais informações aqui, aqui, aqui e aqui.
Varanda para refeições no Restaurante Manjericão em Rio Vermelho.
Café Teatro Zélia Gattai (2012), dentro da Fundação Casa de Jorge Amado, junto ao Largo do Pelourinho, consiste em espaço aberto a eventos culturais com capacidade para acomodar até 50 pessoas em torno das mesas disponíveis. Oferece, entre outras opções de lanches, bebidas e doces típicos, o chamado "menu Jorge Amado", com aperitivos e sobremesas descritas pelo escritor em suas obras. Mais informações aqui, aqui, aqui e aqui.
Adre apreciando o café expresso com borda de chocolate no Café Teatro Zélia Gattai.
Chocolates Marrom Marfim, lanchonete instalada em velho casarão da Rua Gregório de Matos, junto à Praça Pedro Arcanjo, no Pelourinho, oferece um bom cardápio de petiscos típicos, entre outras opções, além de doces, trufas e bombons em grande variedade, de elaboração artesanal, com base no principal derivado do cacau. Mais informações aqui, aqui e aqui.
Nena brindando com o café gelado da Marrom Marfim.
Cravinho do Carlinhos, na Rua João de Deus, no Pelourinho, dedica-se a servir petiscos como aipim frito, bolinho de bacalhau, acarajé, entre outros, além de bebidas típicas da região, com destaque para o famoso cravinho, resultante da infusão do cravo na cachaça curtida por até 3 semanas em barril de madeira, sendo servido com canudinho em copo plástico de cafezinho. Mais informações aqui, aqui e aqui.
Adre provando o famoso cravinho do Pelourinho.
Acarajé da Dinha, com tenda aberta todos os dias junto ao Largo de Santana, no Rio Vermelho, tem fama de representar a primeira baiana a ganhar projeção dentro desse tipo de negócio em Salvador. Com o falecimento de Lindinalva de Assis (2008), a Dinha, a continuidade da tenda passou para as mãos da filha Cláudia. Mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Nena exibindo o acarajé da Dinha servido no prato junto ao Largo de Santana em Rio Vermelho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário